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  • Foto do escritorLucas Freitas

Resenha de Gash Bell volume 2

Atualizado: 16 de abr.

A saga das crianças demônio continua, com mais batalhas, poderes e humor.


Capa de Gash Bell V.2

Para aqueles com boa memória, fiz uma resenha do Volume 1 de Gash Bell no ano passado - e que você pode ler aqui. Esse ano, finalmente consegui ler o Volume 2 e assim, posso dar continuidade a nossa série de resenhas sobre a rinha de crianças pelo trono do Makai.


Agora, que tal iniciarmos nossa sessão de resenhas com a resenha de Gash Bell - Volume 2?


Uma das coisas que mais tem me surpreendido na série de Makoto Raiku é o belo equilíbrio de emoções e estilos que ele consegue tecer. Pois, por mais que seja um shounenzão da vida, Gash Bell não só faz muito bem aquilo que se propõe mas também alterna sua ação com elementos de humor e mesmo capítulos extremamente emocionais.


No que diz respeito às batalhas, é divertido ver como elas vão evoluindo não apenas no que diz respeito ao que está em jogo - o trono do Makai (mundo dos demônios), os princípios e ideias dos protagonistas, assim como o destino daqueles que lhes são próximos - como também em complexidade, com novos poderes e inimigos exigindo uma diversificação cada vez mais maior no nível de planejamento e estratégia da dupla Kiyomaro e Gash.


De longe, é esse elemento estratégico que dá não só uma beleza, mas também uma individualidade própria aos combates da série, tornando algo que poderia muito bem se tornar algo extremamente repetitivo em uma experiência única, de modo que cada batalha é mesmo uma nova batalha aos olhos do leitor, visto que os inimigos diversificados e os planos de combate tem que ser alterados a cada novo embate.


E à medida em que o conflito geral entre os mamodos (as crianças capetas da série) vai se intensificando, com o número final de combatentes reduzindo-se à 70 no Volume 2, a tendência é que tenhamos batalhas cada vez mais complexas - ou assim esperamos.


O Volume 2 também nos traz novos personagens do elenco de apoio, como Kenchome e Fullgore, e Tio e Megumi. Enquanto a primeira dupla servirá como um alívio cômico para a série, funcionando muito bem, por sinal, a dupla de Tio e Megumi irão nos permitir conhecer um pouco mais sobre o passado de Gash, permitindo que o leitor perceba não só que o nosso protagonista era um pateta inepto em sua terra natal - motivo pelo qual ele parece ser o alvo principal de tantos concorrentes - como também dá à narrativa aquele sabor de nos fazer torcer pelo underdog - aquele participante/lutador que, a princípio, parece não ter a menor chance de sucesso mas que, pelo seu próprio esforço e garra, termina conquistando seu lugar no mundo.


Kanchome

Pense no arco narrativo do Rocky (1976), e você vai entender exatamente onde quero chegar.


Também será aqui que veremos mais sobre o passado de Gash, com a inclusão de um aparente irmão do mal há muito perdido ( santo clichê!) e a jornada de Kiyomaro em busca de respostas sobre o passado de seu companheiro com seu pai - que, como iremos descobrir, foi sequestrado por outro mamodo.

E já que falamos sobre humor, as piadas da série continuam tão frenéticas e afiadas quanto antes, trazendo de volta não só os confrontos de Gash com sua rival de parquinho, Naomi, como também migrando para momentos deliciosamente nonsense, como o velho professor vestido de peixe no silêncio de seu escritório na universidade. Para isso, em muito contribuí a tradução do Volume, que favorece sobremaneira o humor dos diálogos e das piadas de Makoto.


Por fim, chegamos àquele que acredito ser o terceiro pilar da série: a emoção. Por mais que Gash Bell seja uma shounen gag, ou justamente por conta disso, os capítulos em que Makoto se dedica a histórias mais "pé no chão", como a mãe que decide visitar a cidade para poder conhecer a noiva de seu filho, ou a própria forma como vemos a evolução pessoal de Kiyomaro, que saí do estágio de adolescente recluso para chegar no adolescente semi-popular que precisa se esforçar para encaixar todos os compromissos sociais com seus amigos na agenda, são trabalhados de uma forma belíssima e comovente, reforçando minha opinião de que Makoto Raiku é um narrador de mão cheia, e que vem se provando a cada volume que se passa.


Ainda assim, ele ainda parece sofrer um pouco para desenhar = (


E, como sempre, é preciso elogiar a Editora Mpeg por mais um belo trabalho neste Volume 2, que mantém o padrão de qualidade já estabelecido anteriormente.


Nota - 4 de 5 crianças do capeta.



 

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Gash Bell - Volume 1

Gash Bell - Volume 2




 

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